Evangelho de Jesus Cristo Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio
Jesus respondeu: “Destruí este Templo, e em três dias eu o levantarei”!
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Evangelho de Jesus Cristo “Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio” foto Rádio JC Guasusê |
Seus discípulos lembraram-se, mais tarde, que a Escritura diz: “O zelo por tua casa me consumirá”.
Então os judeus perguntaram a Jesus: “Que sinal nos mostras para agir assim?”
Ele respondeu: “Destruí este Templo, e em três dias eu o levantarei”.
Os judeus disseram: “Quarenta e seis anos foram precisos para a construção deste santuário e tu o levantarás em três dias?”
Mas Jesus estava falando do Templo do seu corpo. Quando Jesus ressuscitou, os discípulos lembraram-se do que ele tinha dito e acreditaram na Escritura e na palavra dele.
Jesus estava em Jerusalém durante a festa da Páscoa. Vendo os sinais que realizava, muitos creram no seu nome. Mas Jesus não lhes dava crédito, pois ele conhecia a todos; e não precisava do testemunho de ninguém acerca do ser humano, porque ele conhecia o homem por dentro.
Palavra da Salvação
Homilia
No Evangelho, João nos dá a chave de interpretação para o gesto de Jesus, que geralmente se chama “a Purificação do Templo”, mas, na verdade, é o anúncio profético da sua morte e ressurreição, tanto no seu significado como realização da Páscoa definitiva, como nas suas profundas consequências, isto é, o novo Templo onde Deus se deixa encontrar é o próprio Corpo do seu Filho ressuscitado.
Encontrando o Templo transformado em casa de comércio na festa da Páscoa, Jesus, ardente de zelo, denuncia essas infidelidades e proclama a realização da definitiva Páscoa e do verdadeiro Templo onde todos terão acesso a Deus. Tanto que por ocasião da sua morte, “o véu do Templo se rasgou em duas partes”.
O desvio da finalidade do Templo, que devia ser o lugar da adoração do Deus criador e libertador, e a manipulação da festa da Páscoa em vista do enriquecimento econômico dos que detinham o poder do Templo, levam Jesus a uma ação profética que não pretende acabar com o Templo nem com o culto, mas recuperar o seu significado original, pois esse aponta para a sua realização plena no próprio Jesus, o novo Templo, na sua obra redentora, a Páscoa definitiva.
Do antigo templo de Jerusalém nada restará e a destruição da Cidade de Davi no ano de 70 será o sinal de que a casa projetada por Davi e edificada por Salomão tinha cumprido sua missão profética. São Paulo captou esta mensagem de maneira maravilhosa e nas suas Cartas demonstrou que o cristão é ele próprio templo de Deus por ser membro do Corpo de Cristo. E diz aos Coríntios: “Não sabeis que vossos corpos são membros de Cristo?” (1 Cor 6,15) e explicará aos Efésios que os batizados são “edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus.
É nele que todo edifício, harmonicamente disposto, se levanta até formar um templo santo no Senhor. É nele que também vós outros entrais conjuntamente, pelo Espírito, na estrutura do edifício que se torna a habitação de Deus” (Ef 2,20-22). Se Jesus exigiu respeito ao templo edificado pelos homens, muito mais ele requer acatamento para com a casa espiritual que é o seu seguidor: “Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá.
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