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Evangelho de Jesus Cristo, “Judas, o traidor, perguntou serei eu?”

Disse Jesus: "O meu tempo está próximo, vou celebrar a Páscoa em tua casa, junto com meus discípulos"! 

Evangelho de Jesus Cristo, “Judas, o traidor, perguntou serei eu?”
Evangelho de Jesus Cristo, “Judas, o traidor, perguntou serei eu?” foto de Fernanda Pascom de Guassussê


Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus (Mt 26,14-25), naquele tempo, um dos doze discípulos, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes disse: “Que me dareis se vos entregar Jesus?” Combinaram, então, trinta moedas de prata. E daí em diante, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus. 

No primeiro dia da festa dos Ázimos, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?” Jesus respondeu: “Ide à cidade, procurai certo homem e dizei-lhe: ‘O Mestre manda dizer: o meu tempo está próximo, vou celebrar a Páscoa em tua casa, junto com meus discípulos’”. 

Os discípulos fizeram como Jesus mandou e prepararam a Páscoa. Ao cair da tarde, Jesus pôs-se à mesa com os doze discípulos. Enquanto comiam, Jesus disse: “Em verdade eu vos digo, um de vós vai me trair”.  

Eles ficaram muito tristes e, um por um, começaram a lhe perguntar: “Senhor, será que sou eu?” Jesus respondeu: “Quem vai me trair é aquele que comigo põe a mão no prato. O Filho do Homem vai morrer, conforme diz a Escritura a respeito dele. Contudo, ai daquele que trair o Filho do Homem! Seria melhor que nunca tivesse nascido!” Então Judas, o traidor, perguntou: “Mestre, serei eu?” Jesus lhe respondeu: “Tu o dizes”. 

Palavra da Salvação 

Evangelho de Jesus Cristo “um de vós me entregará” 

Homilia 

No Evangelho, encontramos a traição mais dolorosa de todas: a traição de Jesus por um dos seus próprios discípulos, Judas Iscariotes. Judas, aquele que compartilhou da intimidade de Jesus, que testemunhou Seus milagres e ouviu Suas palavras de sabedoria, escolheu trair seu Mestre por trinta moedas de prata. É difícil imaginar a profundidade da dor que Jesus sentiu naquela noite, quando um dos Seus mais próximos amigos o entregou aos seus inimigos. 

E, no entanto, Jesus nos ensina uma lição inestimável sobre o perdão. Mesmo sabendo da traição iminente, Ele não rejeitou Judas, mas o acolheu à mesa durante a Última Ceia. Jesus ofereceu Sua amizade e amor incondicional, mesmo sabendo que seria traído. Essa é a natureza do amor de Deus: Ele nos ama apesar de nossas falhas e pecados. Ele nos chama a perdoar aqueles que nos traíram, assim como Ele nos perdoou. 

Irmãos e irmãs, vamos lembrar que podemos esconder nossos pecados de outras pessoas, mas não podemos escondê-los de Deus, que os vê em segredo. Jesus, verdadeiro Deus e homem, tudo vê e sabe. Ele sabe o que está em nossos corações e do que somos capazes. Nada está escondido de seus olhos. Evitemos enganar a nós mesmos e só depois de sermos sinceros conosco é que devemos olhar para Cristo e perguntar-lhe: "Acaso sou eu?" (Mt 26,22). Tenhamos presente o que diz o Papa Francisco: Jesus, amando-nos, convida-nos a permitir-nos a reconciliação com Deus e a regressar a Ele para nos redescobrir. 

Amanhã iniciamos o Tríduo Pascal, “comemoraremos o confronto supremo entre a Luz e as Trevas. Também nós devemos situar-nos neste contexto, conscientes da nossa 'noite', das nossas faltas e responsabilidades, se queremos reviver o mistério pascal com proveito espiritual” (Bento XVI). 

Jesus escolheu a altura da Páscoa para cumprir o que tinha anunciado em Cafarnaum: dar aos seus discípulos o seu corpo e o seu sangue.  

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